De acordo com o Cecafé, as exportações brasileiras de café totalizaram 3,144 milhões de sacas em junho, registrando um desempenho 2,1% melhor que o mesmo mês no último ano, quando foram exportadas 3,078 milhões de sacas. O resultado também levou a uma conclusão do ano-safra (jul/21 – jun/22) com 39,588 milhões de sacas de café exportadas. O resultado ficou 13,3% abaixo da temporada 2020/21, quando foram enviadas 45,67 milhões de sacas ao exterior, e foi o pior desempenho dos embarques de café do país desde 2017/18.
Entre os principais destinos, os Estados Unidos seguiram como principal importador, com 7,9 milhões de sacas importadas, queda de 4,8% frente as 8,3 milhões importadas no ano anterior. A Alemanha, segundo colocado, importou 6,4 milhões de sacas, queda de 18,7% frente às 7,9 milhões importadas em 2020/21, seguida de Bélgica, com 3,2 milhões (-17%), Itália, com 3,1 milhões (+12,9%) e Japão, com 2,2 milhões (-17,3%).
Por outro lado, mesmo com volume menor, os preços significativamente mais elevados praticados pelo mercado, que passaram de uma média de US$ 128,12/saca para US$ 205,04/saca, proporcionaram uma receita recorde de US$ 8,1 bilhões, aumento de 38,7% frente aos US$ 5,9 bilhões que remuneraram os produtores pelas exportações recordes da safra anterior. O grande resultado indica que, apesar da forte elevação dos custos gerais, a receita adquirida pelo produtor reafirma a tendência de que os investimentos em tratos e adubação das lavouras de maneira geral devem ocorrer de maneira adequada para o desenvolvimento da safra 2023/24.
Evolução da receita cambial das exportações brasileiras de café por ano-safra (US$ bilhões)