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Leonel Oliveira Mattos

Analista de Câmbio da Equipe de Inteligência de Mercado da StoneX. Formado em Ciências Econômicas pela Unicamp, Leonel é mestre em Desenvolvimento Econômico pela mesma instituição.

Dólar abre a segunda em baixa, cotado ao redor de R$ 5,67

Câmbio reflete clima otimista do mercado externo e declarações do presidente sobre Petrobrás

O par real/dólar era negociado em queda no início desta segunda-feira (06). No momento da publicação deste texto (09h30min), ele era cotado ao redor de R$5,67, recuo de 0,1% em relação ao fechamento de sexta. Já o dollar index era cotado ao redor de 96,2 pontos, variação de 0,1% comparado ao fechamento anterior. O mercado de divisas repercute as declarações de ontem do presidente da República, Jair Bolsonaro, de que a Petrobrás deve anunciar corte de preços a partir desta semana, o que pode provocar oscilações em suas ações devido a preocupações de informações privilegiadas. Hoje, o presidente da Estatal, Joaquim Luna e Silva, realiza a abertura do evento virtual de três dias, chamado de “Diálogos Petrobras Integridade & ESG”, às 10h00min. No exterior, o apetite por riscos está se recuperando, à medida que mais informações são coletadas sobre a variante ômicron do coronavírus e, aparentemente, a sintomatologia da mutação é mais leve do que as demais variantes. É digno de nota, também, que as ações da incorporadora chinesa Evergrande fecharam em queda de quase 20%, depois de a empresa notificar investidores sobre possíveis inadimplências em seus títulos denominados em dólar. A agenda do dia está esvaziada, com destaque para a oferta de US$ 700 milhões em contratos de swap cambial tradicional pelo Banco Central nesta manhã e, à tarde, a divulgação de dados semanais da balança comercial pela Secretaria de Comércio Exterior.

O mercado de divisas acompanha os desdobramentos das declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro, de que a Petrobrás deve anunciar corte de preços a partir desta semana. Ontem, Bolsonaro declarou ao site de notícias Poder 360 que ““A Petrobras começa, nesta semana, a anunciar redução no preço do combustível”, sem detalhar qual seria o percentual de redução nem a data de anúncio. O presidente afirmou, contudo, que as quedas seriam sequenciais e seguir por algumas semanas. Já a Petrobras emitiu nota em que afirma não prever quaisquer decisões relativas a ajustamentos dos preços dos combustíveis, que não existem decisões tomadas pela sua comissão executiva de preços que o mercado desconheça e que se manterá fiel à sua atual política de preços. A elevação de preços tem sido um dos principais causadores da aceleração inflacionária atual e, consequentemente, afeta negativamente a popularidade do presidente Bolsonaro.

No cenário externo, as ações da incorporadora chinesa Evergrande eram negociadas em forte queda nesta segunda-feira, após a empresa ter notificado investidores sobre possíveis inadimplências em seus títulos denominados em dólar, preocupando novamente os mercados financeiros sobre a possibilidade de um calote de uma das empresas mais endividadas do planeta. “À luz do atual status de liquidez do grupo, não há garantia de que haverá fundos suficientes para continuar a cumprir suas obrigações financeiras”, afirmou a empresa em um comunicado na sexta-feira. Tal comunicado foi emitido às vésperas do término do período de carência de 30 dias para cupons de títulos onshore e offshore no valor de US$ 82 milhões não quitados com vencimento em 06 de novembro.

Ainda nesta manhã, o Banco Central da China (PBoC) decidiu reduzir a taxa dos depósitos compulsórios em 50 pontos-base (0,5 p.p.) a fim de estimular a economia do país, que se encontra em desaceleração. A autoridade monetária espera que, com a redução da quantidade de reservas obrigatórias mantidas pelos bancos comerciais, esta medida resulte em um aumento de liquidez de longo prazo de 元 1,2 trilhões (US$ 188 bilhões). Alguns analistas acreditam que o crescimento pode desacelerar ainda mais no quarto trimestre em relação à taxa registrada no terceiro trimestre, de 4,9% ante o trimestre anterior, embora o crescimento anual deva se situar ao redor dos 8%.

É digno de nota, por fim, que os dados preliminares coletados sobre a nova variante do coronavírus são “um pouco encorajadores”, nas palavras do chefe do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, Anthony Fauci. De acordo com Fauci, embora mais informações e dados sejam necessários para uma análise completa, as informações vindas da África do Sul até o momento demonstram que a variante ômicron se mostra mais eficiente na transmissão da Covid-19., porém aparenta causar sintomas mais leves. Se tais informações se confirmarem no futuro, isso seria encorajador na medida em que resultaria em menos fatalidades.

Leonel Oliveira Mattos

Analista de Câmbio da Equipe de Inteligência de Mercado da StoneX. Formado em Ciências Econômicas pela Unicamp, Leonel é mestre em Desenvolvimento Econômico pela mesma instituição.

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