Na terça-feira, o dólar acumulou ganhos de 0,89% no mercado doméstico, maior alta diária desde 14 de junho, levando a moeda norte-americana a encerrar o pregão em R$ 3,7729, maior nível desde o dia 08 deste mês. Esse movimento esteve em linha com o registrado em relação a outras moedas, já que houve uma tendência de alta generalizada do dólar, mas o avanço no Brasil foi mais acentuado, uma vez que a divisa tinha recuado na sessão anterior, descolada do mercado externo.
No geral, o mercado financeiro ao redor do mundo esteve mais otimista ontem, ainda no aguardo das decisões de política monetária dos países desenvolvidos, que podem resultar em juros mais baixos, favorecendo o fluxo de recursos para locais que oferecem juros mais elevados, como o Brasil.
A confirmação de que autoridades norte-americanas viajarão à China na próxima semana para dar continuidade às negociações comerciais animou o mercado. Este será o primeiro encontro presencial, desde a cúpula do G-20 no final de junho. A guerra comercial é um dos principais fatores afetando o desempenho da economia mundial. No caso de um acordo, a pressão por ações de estímulo econômico, como o esperado corte de juros por parte do Fed, diminuiria.
Cabe destacar, também, que a Casa Branca e o Congresso dos EUA entraram num acordo para elevar os gastos federais e o limite de endividamento do governo por dois anos, até dia 31 de julho de 2021, evitando a suspensão de pagamentos em algumas áreas, já prevista para os próximos meses.
Nesta quarta-feira, o dólar começou o pregão em queda em relação ao real, acompanhando um movimento de correção global e com o mercado ainda aguardando a decisão de politica monetária do Banco Central Europeu (BCE) amanhã. Além disso, há expectativas para o anúncio da liberação dos saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) nesta tarde.