Suprema Corte dos EUA apoia pequenas refinarias em decisão sobre RFS

Na última sexta-feira (25), a Suprema Corte dos EUA anulou decisão feita por tribunal que atribuía culpa à Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, sigla em inglês) em conceder isenções a algumas refinarias localizadas em Utah, Oklahoma e Wyoming em relação à mistura obrigatória de biocombustíveis para comercialização de derivados do petróleo aplicadas pela Renewable Fuel Standard (RFS), programa da EPA para ampliação do uso de biocombustíveis no país.

Logo após a decisão, os valores de negociação dos créditos de energia renovável (RINs, sigla em inglês) desvalorizaram de USD 1,65 para USD 1,55, impactando as cotações da gasolina (RBOB) e do diesel (NY Harbor USLD), que fecharam o dia em USD 2,264 por galão (-0,7%) e USD 2,149 por galão (-0,6%), respectivamente. Tal dinâmica se deve ao fato de que os valores dos RINs compõem parte dos preços desses combustíveis.

De modo geral, o custo do RIN é repassado das blendadoras para o consumidor final através do preço dos derivados de petróleo comercializado por elas.

No caso das exportações, o custo do RIN é desconsiderado do valor final, dado que esse crédito é comercializado apenas no âmbito doméstico e tem como objetivo a expansão de investimentos em renováveis nos EUA. Diante disso, os importadores desses produtos não tendem a ser impactados com a queda dos preços.

Em meio a esta desvalorização, o diferencial da gasolina e do diesel com o petróleo recuou significativamente, tendo em vista que as cotações do óleo bruto seguiram trajetória de alta durante o pregão.

Diante da decisão feita pela corte, o diferencial do RBOB com o WTI, que no início do dia estava em USD 22,442 bbl, apresentou uma queda de USD 2,588 bbl, chegando a um low price de USD 19,829.

De modo similar, o diferencial entre NY Harbor USLD e WTI, que iniciou o dia em USD 17,775 bbl, teve uma retração de USD 2,268 bbl, ficando em USD 15,507 bbl.
No final do dia, com a recuperação das cotações da gasolina e do diesel, os diferenciais fecharam em USD 20,920 bbl e USD 16,313 bbl, respectivamente.

No início de junho, os valores de negociação dos RINs já haviam sofrido queda após sinalizações do mercado indicando que a Administração Biden estudava a redução da obrigatoriedade do RFS para pequenas refinarias.

Essa análise apareceu após pressões por parte das blendadoras em relação ao encarecimento dos RINs nos últimos meses, que se valorizaram em meio ao aumento dos custos globais do etanol e do biodiesel.

Ainda assim, é importante frisar que a queda das cotações dos dois combustíveis não foi reflexo de mudanças no balanço de O&D em si, mas devido à diminuição dos valores dos RINs.

Tal dinâmica se deve ao impacto desses créditos de combustíveis renováveis no mercado. De modo geral, o custo do RIN é repassado das blendadoras para o consumidor final através do preço dos derivados de petróleo comercializado por elas.
No caso das exportações, o custo do RIN é desconsiderado do valor final, dado que esse crédito é comercializado apenas no âmbito doméstico e tem como objetivo o aumento do uso de biocombustíveis nos EUA. Diante disso, os importadores desses produtos não tendem a ser impactados com a queda dos preços.

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