Oferta de grãos crescerá no Brasil em 2018/19

Primeiras perspectivas para o ciclo que se inicia apontam crescimento de área plantada de soja e milho verão

 

Mais grãos serão semeados em terras brasileiras na safra 2018/19. É o que aponta a estimativa de safra divulgada pela consultoria StoneX na revisão de outubro/2018. Nos cálculos do grupo, a área plantada de soja passou de 35,86 milhões de hectares (na estimativa publicada em setembro) para 35,89 milhões de hectares, um crescimento de 2,11% em relação ao ciclo passado.

Houve incremento de área em estados como Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás, além das áreas maiores em outros estados que já haviam sido divulgadas no relatório de setembro. “Neste início de safra, as chuvas ainda não se regularizaram, mas o plantio tem ocorrido sem grandes problemas”, avalia a analista de mercado da StoneX, Ana Luiza Lodi.

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A produção estimada pelo grupo está em 119,34 milhões de toneladas de oleaginosa, um crescimento de 0,1% em relação ao número da Conab para a safra 2017/18. A produtividade média, estimada em 3,33 toneladas por hectare, não configura um recorde, mas está entre os níveis mais elevados já registrados.

Para a primeira safra de milho, a StoneX manteve a estimativa de crescimento de área em 2,1%, alcançando 5,2 milhões de hectares. Destaque para os estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, de Minas Gerais e de Goiás. A média nacional esperada se encontra em 5,22 toneladas por hectare que, assim como a expectativa para a soja, não representa um nível recorde, mas segue acima da média histórica.

“Essa recuperação de parte da área no verão ocorre em meio ao contexto de preços mais fortalecidos do milho, que predominou durante praticamente todo o ano”, explica Ana Luiza. A expectativa de produção da safra verão foi reduzida em 0,5%, para 27,09 milhões de toneladas, volume ainda 1,01% acima do registrado na safra 2016/17.

Fonte: Conab; StoneX

Guerra Comercial abre espaço para o Brasil

Para o balanço de oferta e demanda de soja, a perspectiva de uma demanda muito aquecida se mantém, em meio ao contexto de guerra comercial, com a China comprando o máximo possível do grão brasileiro.

Segundo estimativa da StoneX, as exportações foram elevadas para 71,5 milhões de toneladas, resultando em estoques muito baixos. “Caso EUA e China entrem em algum tipo de acordo, os volumes exportados pelo Brasil podem acabar sendo menores, gerando alguma folga no balanço de oferta e demanda”, resume, em relatório.

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