Variação das commodities agrícolas e energéticas – 01/03 a 08/03/2024
Fonte: StoneX cmdtyView.
CÂMBIO
Taxa de câmbio do real sobe em semana de dados mistos para os EUA
A semana foi marcada pela divulgação de dados mistos para a economia americana, bem como por depoimentos do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, para o Congresso do país. Enquanto Powell reassegurou os parlamentares de que a inflação nos EUA deve moderar e cortes de juros nos EUA ocorrerão em breve, dados para o mercado de trabalho americano se mostraram inconclusivos, tanto com números mais aquecidos que o estimado como com números abaixo. O dólar negociado no mercado interbancário terminou a semana em alta, encerrando a sessão desta sexta-feira (08) cotado a R$ 4,982, ganho semanal de 0,5%, mensal de 0,2% e anual de 2,7%. Já o dollar index fechou o pregão desta sexta cotado a 102,7 pontos, variação de -1,1% na semana, -1,3% no mês e +1,7% no ano. > Clique aqui e acesse o relatório completo.
SOJA
Soja tem mais uma semana positiva, apesar de balanço mundial continuar folgado
Na semana passada, em Chicago, houve uma predominância da tendência de alta para as cotações da soja, com o vencimento para maio encerrando a sexta-feira (dia 11) em 1184 cents por bushel, ganhos de 2,8% no período. Esses ganhos podem ser explicados principalmente por uma correção, com cobertura de posições vendidas, e com a revisão de dados chineses pelo USDA. De qualquer forma, não houve maiores alterações no cenário de oferta e demanda mundial. A safra da América do Sul deve registrar um saldo positivo, com a produção argentina mais que compensando as perdas brasileiras. > Clique aqui e acesse o relatório completo
MILHO
Milho obtém ganhos pela segunda semana consecutiva
Os futuros do milho registraram mais uma semana de ganhos em Chicago. A alta, que foi de de 3,5%, colocando o Maio/24 no patamar de 439,75 cents/bu, pode estar relacionada a fatores especulativos, com uma redução do saldo liquidamente vendido dos fundos na bolsa. Além disso, bons números de vendas de exportação e carregamentos dos EUA, bem como volumes maiores de produção de etanol de milho no país na semana encerrada em 01/03 podem ter oferecido suporte aos contratos ao longo da semana. O WASDE, publicado na sexta-feira (08/03), não trouxe correções de monta para o cenário de oferta e demanda, com o foco do relatório sendo um otimismo maior com a produção sul-americana de milho e uma oferta global do grão ainda alta. Na B3, os futuros de milho também avançaram, com o contrato com vencimento em maio encerrando a sexta-feira negociado a R$ 60,63/sc, valorização semanal de 7,4%. > Clique aqui e acesse o relatório completo
ÓLEOS VEGETAIS
Óleos vegetais fecham semana de valorização
Na última semana, o óleo de soja marcou uma valorização de 2,2% na bolsa de Chicago, terminando cotado a US¢ 46,2/lb. As cotações foram influenciadas por uma recuperação nos preços da soja e puxados também por um grande avanço do óleo de palma, que registrou expressiva alta semanal de 4,6% na bolsa da Malásia, terminando cotado a USD 874,4/t. A palma se valorizou em meio às declarações feitas por diversas entidades na Conferência do Óleo de Palma que acontece na Malásia, as quais, de maneira geral, direcionaram as perspectivas em direção à uma possível limitação de oferta da palma e a planos de elevação de mandados de biocombustíveis nos países asiáticos, podendo estimular significativamente a demanda na região pela matéria-prima. > Clique aqui e acesse o relatório completo
FERTILIZANTES
Apesar de aumento da demanda nos EUA, ureia se manteve estável no Brasil
No mercado de nitrogenados, participantes do mercado internacional adotam uma postura cautelosa, monitorado alguns eventos: 1) a possibilidade de uma nova licitação indiana, em breve; 2) fundamentos mais apertados nos EUA e; 3) a volta as exportações na China, prevista para os próximos meses. No Brasil, cotações CFR da ureia permaneceram em patamares estáveis. No setor de fosfatados, há informações de que, em breve, a China voltará a exportar fertilizantes, e, enquanto isso, investidores acompanham a temporada de aplicações nos EUA. No Brasil, ainda há relatos de uma limitação de oferta, mas, nos preços atuais, as negociações de MAP não tem impressionado. As relações de troca entre o MAP e commodities agrícolas, vale ressaltar, não tem favorecido as aquisições. Por fim, no mercado do KCl, condições favoráveis de aquisições levam a um aumento da demanda no Brasil, e, numa comparação semanal, as cotações CFR aumentaram. Entretanto, não há relatos de problemas de oferta no segmento de potássicos. > Clique aqui e acesse o relatório completo
PECUÁRIA
Pressão baixista dos frigoríficos segue fazendo os seus efeitos
Numa comparação semanal, foram registradas perdas para os preços do boi comum no mercado físico. Essa queda de preços, vale ressaltar, tem sido causada pelas condições atuais no segmento. De um lado, ao longo dos últimos dias, a reposição de matéria prima na indústria frigorífica não impressionou. E, por outro lado, a oferta de animais terminados permaneceu estável. Este quadro abriu espaço para que a indústria frigorífica continuasse a exercer uma pressão baixista no mercado da pecuária bovina. No entanto, existe uma expectativa, por parte da indústria, de que, nos próximos dias, as oscilações de preço poderão apresentar um caráter mais pontual. Neste momento, o contrato de maio/24, na B3, está precificando o animal por R$ 225/@, preço ligeiramente inferior ao que tem sido observado, atualmente, nas praças de São Paulo. > Clique aqui e acesse o relatório completo
AÇÚCAR E ETANOL
Açúcar demonstra alta na semana
Na última sexta-feira (08), o contrato de maio/24 do NY#11 foi cotado a US¢ 21,15/lb, alta semanal de 0,23%. Após o vencimento do março/24, as cotações encontraram forte argumento de baixa, uma vez que as entregas contra o tape foram elevadas, materializando a elevada oferta de açúcar para exportações do Centro-Sul (CS) do Brasil. Contudo, o menor volume de chuvas no CS brasileiro entre novembro e fevereiro pode ter impacto mais expressivo na produtividade dos canaviais em 2024/25 (abr-mar) e algumas casas anunciaram novas estimativas ao longo da semana divulgando números mais pessimistas para a moagem e produção de açúcar na região.
Etanol apresenta recuo na semana
O indicador do etanol hidratado com base nas usinas de Ribeirão Preto (SP) recuou cerca de R$ 0,10/litro na última semana, cotado a R$ 2,50/litro na última sexta-feira (08). Em janeiro e até meados de fevereiro, o ritmo de compras das distribuidoras cresceu significativamente, respondendo ao nível extremamente atrativo da paridade entre o biocombustível e a gasolina, que se encontrava abaixo de 60% em São Paulo na virada do ano. Por outro lado, após o Feriado de Carnaval, o número de negócios recuou significativamente, dando pouco poder de barganha às usinas, que ainda seguram volumes recordes de estoques no Centro-Sul – contribuindo, assim, para a desvalorização dos preços. > Clique aqui e acesse o relatório completo
CAFÉ
Café arábica marca leve avanço semanal
Na última semana, os preços futuros de café robusta avançaram em meio a menor oferta do tipo na Ásia, alcançando um novo patamar máximo histórico e contribuindo para os avanços observados para o café arábica em Nova Iorque. A oferta limitada de café robusta na Ásia, principalmente no Vietnã, foi o principal fator de suporte para os preços de café na semana. Além da queda de 20% nas exportações do país no último mês, os diferenciais de preço seguem em patamar elevado, com ofertas acima de USD +800/ton, o que reflete o cenário de restrição de oferta no país; esse cenário também se repete na Indonésia, com diferenciais de preço na casa de USD +700/ton. Ademais, parte dos avanços foi reflexo do maior apetite dos agentes especulativos e por fatores técnicos. > Clique aqui e acesse o relatório completo
CACAU
Cacau apresenta resultados mistos nas bolsas durante a última semana
O contrato futuro de cacau com o segundo vencimento mais próximo (Maio/24, o contrato mais ativo) registrou resultados mistos nas principais bolsas de negociação segunda semana seguida, em que investidores reagiram a indicadores do mercado de trabalho americano e decisão do Banco Central Europeu (BCE). Na bolsa de Nova Iorque (ICE/US), o contrato com vencimento em maio de 2024 apresentou alta de 1,1% entre os dias 1 de e 8 de março, indo de US$ 6.327/ton para US$ 6.396/ton. O contrato de expiração equivalente negociado na bolsa de Londres (ICE/Europe), por sua vez, reportou desvalorização de GBP 69/ton, recuando de GBP 5.300/ton para GBP 5.231/ton ao fim do pregão da última sexta (8), encerrando a semana com variação negativa de 1,3%. > Clique aqui e acesse o relatório completo
ALGODÃO
Pluma encerra semana em queda, apesar de WASDE altista
Os contratos de algodão operados na ICE/NY encerraram a sessão da última sexta-feira (08/03) acumulando uma queda semanal de 2,3%, negociado a US¢95,28/lb. O resultado refletiu diversas forças baixistas, como um movimento de realização de lucros pelos agentes especulativos, bem como uma queda em outras softs (cacau, açúcar e café) e do petróleo na sessão de sexta-feira, o que fez com que o contrato com vencimento mais próximo encerrasse a sessão perdendo 400 pontos, que é o limite de variação diário dos contratos de algodão. O movimento veio apesar de um já esperado WASDE altista, que foi marcado por um consumo maior na safra corrente, bem como estoques de passagem mais apertados a nível mundial. O resultado dos EUA também chama atenção por uma redução da estimativa de produção, o que também pressionou o nível dos estoques. Os estoques de passagem no país para essa safra devem ser de 540 mil toneladas, contra 930 mil toneladas na safra passada, de acordo com o USDA. > Clique aqui e acesse o relatório completo
PETRÓLEO
OPEP+ anuncia extensão dos cortes produtivos, apoiando petróleo
Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam queda de 1,76%, negociadas a USD 82,08 bbl na última sexta-feira (08), enquanto o WTI também registrou uma retração semanal de 2,45%, negociado em USD 78,01 bbl. Tratou-se de uma semana menos volátil, com os investidores pouco reagindo aos fatores que afetam o mercado de petróleo. Assim, mesmo o anúncio de extensão dos cortes produtivos da OPEP+ não foi suficiente para evitar a queda semanal dos preços, conforme preocupações macroeconômicas se sobressaíram. > Clique aqui e acesse o relatório completo
DIESEL
Fatores macroeconômicos pressionam os preços do derivado
Na semana passada, o contrato mais ativo do NY HarborULSD encerrou o período com uma queda de 2,3%, terminando a sexta-feira (08) em USD 2,6409 por galão. Derivado seguiu a movimentação do petróleo, em meio as perspectivas macroeconômicas menos otimistas e um certo ceticismo ao redor da extensão dos cortes voluntário por parte da OPEP+ para o segundo trimestre do ano. > Clique aqui e acesse o relatório completo
GASOLINA
Importações do combustível recuaram em fevereiro
Na última semana, o contrato mais ativo do RBOB acumulou queda de 3,3%, cotado a USD 2,5272 por galão na sexta-feira (08). O combustível cedeu parte dos ganhos de semanas anteriores, acompanhando a tendência do petróleo e do diesel em meio ao maior pessimismo de investidores com a economia global e o balanço de combustíveis. No Brasil, o MDIC indicou forte contração das importações da gasolina em fevereiro. > Clique aqui e acesse o relatório completo