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Fonte: StoneX cmdtyView.
CÂMBIO
Taxa de câmbio sobe pela sexta semana consecutiva, acumula desvalorização de 15,2% em 2024 e atinge os maiores valores em 30 meses
A semana foi marcada, novamente, pelo ambiente de pessimismo e desconfiança de investidores com a condução das políticas fiscal e monetária brasileiras, penalizando o desempenho dos ativos nacionais e levando a taxa de câmbio ao seu maior valor desde 11 de janeiro de 2022. O dólar negociado no mercado interbancário terminou a semana em alta pela sexta semana consecutiva, encerrando a sessão desta sexta-feira (28) cotado a R$ 5,591, alta semanal de 2,7%, mensal de 6,5% e anual de 15,2%. Já o dollar index fechou o pregão desta sexta cotado a 105,9 pontos, variação de +0,1% na semana, +1,1% no mês e +4,5% no ano. > Clique aqui e acesse o relatório completo.
SOJA
Soja recua, com condições de safra nos EUA acima da média
Na semana passada as cotações da soja registraram queda em Chicago, com o vencimento para a agosto encerrando a sexta-feira (dia 28) em 1133,5 cents por bushel, queda de 1,2% no período. Na semana encerrada em 23/06, houve um recuo de 3 p.p. no percentual bom/excelente das lavouras de soja, passando de 70% para 67%, enquanto o mercado estimava uma redução para 68%.
Em relação ao relatório de área plantada da sexta-feira, o USDA indicou 34,84 milhões de hectares, levemente abaixo da média das estimativas, em 35,11 milhões, e das intenções de plantio, divulgadas em março, em 35 milhões de hectares. Já os estoques em 01/06 ficaram em 26,4 milhões de toneladas, nível bastante próximo à expectativa média do mercado. Logo após a divulgação dos números, as cotações da soja em Chicago avançaram, mas os ganhos não se sustentaram, uma vez que os resultados não indicam mudanças significativas em relação ao que já vem sendo trazido pelo USDA no relatório mensal de oferta e demanda > Clique aqui e acesse o relatório completo
MILHO
Desenvolvimento da safra norte-americana pressiona o milho na CBOT
Na semana passada (24/06/28/06), os futuros do milho negociados na bolsa de Chicago desvalorizaram expressivamente. O contrato com vencimento em setembro encerrou o período cotado a 407,50 cents/bu, desvalorização semanal de 7,5%. O principal fator por trás das perdas foram as divulgações do USDA referentes a área plantada e posição dos estoques nos Estados Unidos. Sobre a área, o mercado acreditava que os agricultores norte-americanos haviam plantado 36,57 milhões de hectares de milho, já um avanço frente aos 36,44 milhões trazidos pelo USDA no relatório de intenção de plantio do dia 31 de março. O número final de área plantada, entretanto, foi ainda superior: 37,02 milhões de hectares. Usando a estimativa de produtividade do USDA de 11,13 ton/ha, esse aumento na área plantada significou um acréscimo de 5 milhões de toneladas na expectativa de oferta do mercado. Além disso, o clima tem sido, em grande medida, benéfico para o desenvolvimento das lavouras, sendo mais um fator baixista para as cotações. Na B3, o vencimento de julho ficou cotado a R$ 57,60/sc (-1,3% na semana). > Clique aqui e acesse o relatório completo
ÓLEOS VEGETAIS
Óleos vegetais marcam leve queda semanal
Os óleos vegetais terminaram a última semana em leve queda em suas principais bolsas de negociação. O óleo de soja operou pressionado nos pregões de segunda e terça-feira em meio ao otimismo com a oferta e percepção de grande entrada de óleo de soja no mercado internacional, com números fortes registrado pela Argentina. Já nos pregões seguintes o óleo marcou ganhos que atenuaram as perdas da semana, em um aparente movimento de realização de fundos em meio ao forte saldo vendido e reagindo a dados de área plantada aquém do esperado nos EUA. O contrato de ago/24 encerrou o período cotado a US¢ 44,1/lb, queda de 0,3%.
O óleo de palma também teve leve queda no período, com as prévias para as exportações malaias em junho gerando ainda alguma desconfiança em relação à recuperação da demanda. Ademais, o anúncio do governo indiano de que colocará cotas tarifárias reduzidas para a importação de óleo de girassol bruto e óleo refinado de canola, e os relatos de uma nova forte importação indiana de girassol em junho, também contribuíram para o balanço negativo na semana. O contrato de set/24 fechou cotado a USD 830,5/t, leve retração de 0,3%. > Clique aqui e acesse o relatório completo
FERTILIZANTES
Licitação na Índia e cortes na produção egípcia seguem como destaques do mercado
No segmento dos nitrogenados, a semana foi movimentada. Os cortes na produção de ureia do Egito ainda estão vigentes, reduzindo a oferta internacional. Além disso, a Índia anunciou uma licitação para a importação de ureia, e esse evento pode movimentar uma grande quantidade do fertilizante nas próximas semanas. No Brasil, todavia, os preços CFR da ureia pouco mudaram. No mercado de fosfatados, a demanda segue aquecida, com Brasil e Índia aumentando as suas aquisições. No Brasil, isso significou um pequeno aumento para os preços do MAP. Por fim, no segmento de potássicos, não houve mudança para os fundamentos do KCl, e os preços se mantiveram estáveis, nos mesmos patamares da semana passada. > Clique aqui e acesse o relatório completo
PECUÁRIA
Preços do boi gordo ganharam firmeza no mercado físico, e cotações aumentam em SP
Nos últimos dias, os preços do boi gordo ganharam firmeza no mercado físico. Após semanas de quedas nas cotações dos animais, a semana passada trouxe uma pausa nas reduções de preço, e o que se viu foram negociações realizadas em patamares mais elevados em São Paulo, Campo Grande em outras regiões do Brasil. É cedo para afirmar que haverá uma interrupção para a tendência baixista que acompanhava o segmento. Porém, o crescimento dos preços do boi é um sinal importante para o pecuarista, que, desde meados de 2022, vive um cenário difícil na pecuária brasileira. > Clique aqui e acesse o relatório completo
AÇÚCAR E ETANOL
Açúcar tem semana de grande recuperação devido às preocupações com a safra brasileira
Na última semana, os preços do açúcar indicaram forte reação nos mercados futuros, em grande parte em antecipação a resultados potencialmente pessimistas para a safra 2024/25 (abr-mar) de cana-de-açúcar no Centro-Sul, a partir da divulgação do relatório de acompanhamento de safra da primeira quinzena de junho/24. O contrato mais líquido do bruto #11 (SBV4) registrou avanço de 134 pontos na semana, finalizando o período em US¢ 20,31 /lb (+7,1%). Para o branco, a tela equivalente registrou avanço de 5,9%. O retorno altista do mercado reflete a questão climática do Centro-Sul brasileiro, região que supriu a forte quebra em importante players asiáticos durante o ciclo 2023/24 (out-set). Nesse sentido, um potencial retração das exportações brasileiras coloca o trade flow global em maior risco até o início das temporadas do hemisfério norte. O mercado também deverá se manter atento ao desenvolvimento da temporada de monções no sudeste asiático, cuja expectativa é de melhora até o final do ciclo.
Dinâmica dos preços do etanol na semana
Nesta última semana, o etanol hidratado negociado com base nas usinas de Ribeirão Preto, SP demonstrou uma semana de fundamentos contrastantes para os preços. Pelo lado da demanda, os altos volumes vendidos nos postos e demandados pelas distribuidoras fizeram com que o biocombustível registrasse negócios a R$ 3,00/L. Contudo, os fundamentos de maior oferta resultantes do andamento da safra 2024/25 limitam uma escalada mais contínua para as cotações, que enceraram a semana em R$ 2,94/L, praticamente em linha com os níveis da última segunda-feira. Nos próximos meses, a melhor competitividade do etanol nas bombas deve manter a demanda pelo biocombustível elevada. > Clique aqui e acesse o relatório completo
CAFÉ
Clima deve voltar ao centro das atenções do mercado de café
Na última semana, os preços futuros de café terminaram o período com resultados mistos, mas com o café robusta recuando em meio as entregas contra o vencimento de julho na bolsa de Londres. Foram emitidos até o momento mais de 4100 avisos de entrega de café robusta para o vencimento de julho. Com relação aos fundamentos, o cenário segue praticamente inalterado, com a oferta de café robusta na Ásia atuando de forma altista e o foco dos participantes se voltando as condições climáticas.
Em Nova Iorque, o contrato mais ativo, de setembro, terminou a semana com uma valorização de apenas 0,8%, fechando a sexta-feira (28) cotado a US₵ 226,80/lb. Para o terminal londrino, o contrato de café robusta com vencimento em setembro apresentou um recuo de 2,3% na semana, para USD 4011/ton. Por outro lado, considerando a variação mensal, os preços de café arábica tiveram um avanço de 2,5% em junho enquanto os preços de robusta avançaram apenas 0,6% no mês. > Clique aqui e acesse o relatório completo
CACAU
Perspectivas para safra 24/25 são de melhora, mas cenário ainda é crítico no curto prazo
Na última semana, entre os dias 21 e 28 de junho, os preços futuros do cacau continuaram a cair, seguindo a tendência de queda iniciada na semana anterior. Repetindo o padrão dos últimos meses, as cotações mostraram grande volatilidade intradiária e movimentos pouco guiados por notícias concretas pelo lado dos fundamentos. Em Nova Iorque (ICE-US), o pregão da sexta-feira (28/06) encerrou a semana com uma queda acumulada de 13,2% para o contrato de setembro de 2024 (CCU24), fechando a 7.731 USD/ton. Em Londres, o contrato equivalente registrou uma queda de 13% na semana, encerrando o período a 6.364 GBP/ton. > Clique aqui e acesse o relatório completo
ALGODÃO
Pluma apresenta ligeiro avanço semanal por fatores especulativos, apesar de fundamentos baixistas
O futuro com vencimento em dezembro do algodão negociado em Nova Iorque encerrou a sessão da última sexta-feira (28) negociado a US¢72,69/lb, um avanço semanal de 0,66%. O movimento parece ter se dado sobretudo por uma cobertura de posições vendidas no começo da semana, com o CFTC contabilizando para a terça-feira (25) uma posição liquidamente vendida menor no volume de 7,3 mil contratos. Esse movimento dos fundos deu margem para as quedas apresentadas nos últimos dois pregões da semana, que refletiram mais movimentos relacionados aos fundamentos da pluma, com relatório de vendas de exportação dos EUA reportando um volume de carregamentos mais fraco, bem como com um relatório de área apontando para uma área significativamente maior do que as estimativas anteriores para a safra 24/25 nos EUA, criando otimismo para a oferta da safra. > Clique aqui e acesse o relatório completo
PETRÓLEO
Petróleo encerra junho com alta de quase 6%
Na última semana, as cotações de futuros do contrato mais ativo do Brent acumularam alta de 1,37%, negociadas a USD 86,41 bbl na última sexta-feira (28), enquanto o WTI registrou um avanço semanal de 1%, negociado em USD 81,54 bbl. Os contratos do petróleo sustentaram a terceira semana consecutiva em alta, influenciados especialmente pelos riscos geopolíticos no Oriente Médio e um maior otimismo dos investidores com a demanda global da commodity, especialmente no terceiro trimestre. Com isso, os futuros do Brent acumularam 6% de alta ao longo de junho, alcançando os maiores patamares em dois meses, apesar da alta dos estoques globais do óleo bruto e uma postura mais conservadora do Banco Central americano nas últimas semanas. > Clique aqui e acesse o relatório completo
DIESEL
Diesel alcança maior valor em dois meses
Na semana passada, o contrato mais ativo do NY HarborULSD encerrou o período com uma alta de 1,7%, terminando a sextafeira (28) em USD 2,5331 por galão. Os preços do diesel seguiram a movimentação do petróleo, com os prêmios relacionados ao risco de oferta da commodity no Oriente Médio se elevando. Paralelo a isso, a queda dos estoques do combustível nos EUA e na Europa contribuíram para o suporte nas cotações do derivado. > Clique aqui e acesse o relatório completo
GASOLINA
Preços recuam na semana em meio alta dos estoques nos EUA
Na última semana, o contrato mais ativo do RBOB acumulou queda de 0,4%, cotado a USD 2,50 por galão na sexta-feira (28). A gasolina rompeu com a tendência de alta das últimas semanas, conforme o mercado americano segue menos aquecido que antecipado no início da drivingseason. Ademais, mesmo com o recuo das últimas sessões, os contratos do combustível ainda acumularam alta de 3,1% ao longo de junho. > Clique aqui e acesse o relatório completo